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É importante lembrar que parte da sociedade não quer carteira assinada, diz Lula
Em uma série de acenos aos empreendedores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (18) que é preciso “aprender” que as relações de trabalho mudaram e que parte da sociedade não quer ter carteira assinada. Lula defendeu mais crédito para quem deseja ter seu próprio negócio e pediu um esforço do governo para destravar a burocracia para pequenos e médios empreendedores terem acesso a linhas de crédito.
Ex-líder sindical, com sua trajetória política construída dentro do movimento sindical, Lula disse que parte importante da população quer empreender. “É importante lembrar que tem parte da sociedade que não ter carteira assinada. As pessoas querem ser empreendedoras, montar comércios. É preciso que a gente aprenda que mudou o mundo do trabalho no Brasil”, disse o presidente, ao participar do evento Acredite no seu Negócio, em São Paulo, para promover o programa Acredita.
O foco da iniciativa é oferecer crédito com taxas de juros diferenciadas para empreendedores, especialmente os mais pobres. O programa proporciona linhas de crédito para públicos variados: dos usuários do Cadastro Único (CadÚnico), que terão acesso a microcrédito orientado, a empresas de pequeno porte e MEIs.
Ao defender a linha de crédito do programa, Lula afirmou que para o país crescer é preciso que o dinheiro circule nas mãos de muitos e não fique concentrado em poucas pessoas. Em seguida, defendeu mais crédito para os micro e pequenos empreendedores. “Estamos criando política de crédito para fazer que o país dê um salto de qualidade”, disse. “Vamos proibir que a burocracia atrapalhe o Acredita.”
O projeto começou a ser discutido em abril e aprovado há poucos dias, quase seis meses depois. Lula agradeceu o apoio do Congresso para aprovar os principais projetos do governo federal e, em um outro apelo a seu governo e aos bancos públicos e privados, disse que a liberação de recursos para os micro e pequenos empreendedores não pode enfrentar entraves. “Pelo amor de Deus, que esse dinheiro apareça de verdade. É um apelo que eu faço, é que esse dinheiro apareça”, disse.
Estavam presentes também o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Márcio França (Empreendedorismo), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), o presidente do Sebrae, Decio Lima; o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana; o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, e o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara. O presidente do conselho diretor da Febraban e presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco também participou.
O presidente tem feito um esforço para atrair o apoio de empreendedores, que têm sido conquistados por discursos de políticos de direita.
O desempenho do influenciador digital e ex-coach Pablo Marçal (PRTB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo — em terceiro lugar com um discurso voltado ao empreendedorismo, numa espécie de teologia da prosperidade –, acendeu o sinal de alerta na esquerda, que passou a buscar uma maior aproximação das pautas defendidas por micro e pequenos empreendedores.
Lula no palanque
Além dessa agenda presidencial, o presidente Lula participará de dois eventos políticos nesta sexta-feira em São Paulo. À noite, irá a um comício em Diadema, para pedir votos para o prefeito e candidato à reeleição, José de Filippi Júnior (PT). Na sequência, o presidente estará em Mauá, no palanque do prefeito e candidato à reeleição, Marcelo Oliveira (PT).
No sábado, estará em duas caminhadas em São Paulo, do candidato à prefeitura paulistana Guilherme Boulos (Psol).
*Com informações do Valor Econômico
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